16 dezembro 2006
RESENHAS "PAGAN THRONE EP" (2004)
RESENHAS FEITAS EM 2004. DIVULGAÇÃO DO EP "PAGAN THRONE" QUANDO A HORDA AINDA SE CHAMAVA BLOODYTHIIRSTY.
Pagan Throne (2003), este magnífico cd demo da hora carioca Bloodythiirsty foi gravado ao vivo, porém ao ouvir, é de se impressionar, pela competência de todos os músicos e pela produção, uma das melhores gravações ao vivo que eu ja pude conferir. Pode se ouvir a tudo e a todos com perfeição. Pagan Throne conta com 4 faixas de excelente qualidade.
Em "Black Supremacy", o clima predomina, denso e envolvente, a música é bem elaborada e cadenciada, do mórbido e demoníaco ao rápido e técnico. Em sequência, "Swords of Blood", agressiva e poderosa, muito bem trabalhada, uma das composições que mais me agradou, inicia-se rápida, entra em parte densa e climática, com muita técnica e harmonia entre solo e base e então se desfecha agressiva novamente. A terceira música, "Dark Soldier", começa com um som de batalha, trovões e agonia que dão acesso a mais agressiva e brutal de todas as músicas. Bem elaborada, a técnica da horda Bloodythiirsty faz com que o cd se torne um artefato para se ouvir mais de uma vez em pouco espaço de tempo, por não ser cansativo nem repetitivo, além de estar cheio de riffs e passagens marcantes. Chegando ao final de Pagan Throne, "Unholy Blasphemy" fecha o cd com chave de ouro, divida em duas partes, "Pt I: Profane Blessed Of The Eternal Flame" e "Pt II: Black Messiah Causing The Eternal Suffering", essa é sem dúvida a melhor faixa do Cd, a mais empolgante e mais cheia de empenho técnico e criativo pelos guerreiros da Bloodythiirsty. Pagan Throne ainda conta com arte gráfica simples porém perfeitamente criada e manifestada.
(Dype Skogen)
A Bloodythiirsty é uma surpresa vinda do Rio de Janeiro. A princípio tenho aquela impressão de estar ouvindo uma banda de black metal tradicional dos anos 90 mas ao decorrer do cd que contém quatro faixas, noto a evolução da horda, faixa a faixa, principalmente na parte dos riffs e solos das guitarras que não são muito comuns no black metal (pela qualidade e desempenho). A bateria também faz-se tradicional porém acompanha os riffs “quebrados” dos outros instrumentos, tornando-a também destaque nas composições, hora “quebrada” hora “brutal”. Os vocais não deixam a desejar para com o resto do instrumental já que são rasgados, ríspidos e muito bem encaixados em todas as composições. É uma banda que faz um ótimo e original trabalho dentro do cenário underground, black metal! É uma banda que mostra-se fiel a ideologia do black metal, veio pra ficar.... Procurem conhecer o trabalho deles!!! (Rodrigo S.)
Com uma produção simples, mas audível e muita dedicação ao Black Metal, esta horda carioca lança sua demo "Pagan Throne" em forma de CD. Gravada no Michelangelo Studio, no Rio de Janeiro, o line-up que gravou esta demo é formado por Garm (vocais), Gorgoth (guitarras) e Daemortiis (Bateria). Estamos diante de Black Metal feroz e ultra violento, com riffs mórbidos e andamento quase sempre veloz. "Black Supremacy" já mostra ao ouvinte logo de cara, o feeling do Black Metal praticado pela horda, que possui várias características do início dos anos 90, inegavelmente com algumas passagens que lembram o IMMORTAL e o GORGOROTH de início de carreira. "Swords of Blood" é uma faixa mais rápida e extremamente brutal, onde as guitarras desempenham um papel de condutoras da fúria musical e até mesmo uma pequena pausa onde o baixo se destaca, também enfatizam os princípios elaborados pela horda. A proposta pode ser entendida como um ataque sonoro ao monoteísmo e à hipocrisia dos dias de hoje. Os vocais de Garm são utra rasgados e quase gritados em alguns momentos. "Dark Soldier" tem uma intro com sons de batalhas, despencando a seguir para um Black Metal ríspido e cortante; poderíamos dizer até que se trata em certos pontos de puro War Metal. "Unholy Blasphemy" encerra o artefato com mais de 8 minutos, dividida em duas partes, prendendo a atenção do ouvinte, pela diversidade da construção da mesma e pelo vigor transmitido pela horda. É possível enxergar bastante competência e visão pagã aqui. Espero que estes guerreiros lancem um full-lenght o quanto antes!" (Luciano Krieger)
Pagan Throne é a segunda demo dos cariocas do Bloodthiirsty (com dois I's mesmo) que apresentam em 4 faixas seu black metal simples, porém bem executado e com uma produção razoável. A primeira faixa, "Black Supremacy", inicia-se com uma estranha introdução, alternando o tempo entre passagens rápidas e lentas, com alguns riffs simples porém empolgantes, a faixa "Swords of Blood" é uma continuação da anterior, porém mais rápida, principalmente na bateria e vocais, o que é um tanto estranho visto que a guitarra parece não acompanhar tal velocidade, ficando algo bem heterogêneo. "Dark Soldier" inicia-se com sons de guerra característicos, um prelúdio à destruição que está por vir, a música mais rápida entre as quatro, abusando de blastbeats, vocal rasgado característico, que no geral não muda muito no decorrer da demo. "Unholy Blasphemy" não é algo muito diferente, começa lenta mas em seu fim ganha maior velocidade e um trabalho melhor de guitarra, que não foi bem aproveitado durante algumas partes da demo. No geral o Bloodthiirsty apresenta um trabalho razoável, que ainda precisa ser lapidado, mas desde já mostra certa qualidade e originalidade. (Por Emanuel Seagal) Nota: 8,0
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